terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uma caneta que gostaria de ser azul

Eu vivo deixando minha marca num "A", num "B", às vezes no "C", talvez no "D"... E o "E", coitado! Está lá em outra dimensão, mas às vezes me obrigam a trucidá-lo. Dói quando o "E" não existe. Ele faz falta de alguma forma. Acho que aquele que coordena meus movimentos sorri ao perceber a ausência do "E"... Menos para se pensar.

Eu gostaria de pensar um pouco. Só sirvo para rabiscar, marcar um "x" (quero dizer, o que é um "x"?). E depois do 20º eu não me importo mais. Começo a travar um pouco de propósito, pois não sei rabiscar sentido algum para aquilo.

Seria bom, para variar, trocar os "x" por círculos.
Trocar o preto pelo azul, pois no preto só existe morte em meus riscos.
Já o azul...
Sinto como se estivesse flutuando num lindo e vasto oceano.
Só sinto.

2 comentários:

  1. Que lindo, cara. Tive até Blade Runner feelings aqui.

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  2. Adorei! De verdade!! Me sinto assim as vezes, entendo isso perfeitamente.

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