quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Brilhos no espaço

Olá, escuridão
Me traga um vaga-lume que ilumine minha visão
Olá, escuridão
Apreciei o vaga-lume, mas ele foi embora em um grande borrão
Olá, escuridão
Sinto falta do vaga-lume e do seu lindo brilho com paixão

Olá, escuridão
Hoje descobri o sol e sinto que posso voar
Olá, escuridão
Meu voo não se concretiza pois o sol e eu precisamos de um amigo para brincar
Olá, escuridão
Meu vaga-lume querido voltou e eu, ele e o sol queremos inventar

Olá, escuridão
Meu amigo vaga-lume veio para ficar e juntos corremos pelo mundo
Olá, escuridão
Por algum motivo o vaga-lume espantou o sol e este se encontra moribundo
Olá, escuridão
Hoje o vaga-lume e o sol se acertaram e brilhamos juntos a todo segundo

Olá, escuridão
Descobri que o vaga-lume pode fazer coisas brilhantes de outro mundo
Olá, escuridão
Descobri que o sol pode fazer coisas brilhantes neste mundo
Olá, escuridão
Descobri que sem o brilho desses dois não há meu mundo

Olá, escuridão
Eles brilharam por muito e muito tempo
Olá, escuridão
Encontramos diversos seres a todo momento
Olá, escuridão
Algumas descobertas nos causaram certo tormento

O tempo nos alcançou e um brilho tive de escolher
O vaga-lume era menor e poderia procurar outros amigos
O sol era maior e só queria estar comigo

Portanto, escolhi o sol, pois precisava brilhar mais
Mas não existe um segundo que passe sem que eu pense no nosso querido amigo vaga-lume
E a falta que ele nos faz

Adeus, escuridão
Somente hoje descobri que sempre fui luz
Adeus, escuridão
Ainda acho que é graças aos meus amigos e ao amor que se produz
Adeus, escuridão
Fui brincar de eternidade com o sol.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um beijo na testa

Aos sete anos perguntei para uma menina de arco rosa e voz delicada se queria ser minha amiga. Ela aceitou. Hoje não lembro mais seu nome. Isabel, Isabela. Eu não saberia dizer, mas lembro bem claramente de um dia em que a vi chegando na escola e de como fiquei feliz com isso. É uma lembrança doce, não muito clara, mas correta. Como um beijo na testa.

Eu não sei quem ela se tornou e eu provavelmente nunca mais a verei na vida (ou quem sabe já a revi e não lembro), mas aquele momento em que ela disse "sim" foi um dos melhores dos quais já pude usufruir. E amizades são assim, repletos de momentos incompletos por natureza e repletos de beijos na testa sincronizados com lágrimas de despedida. O "até logo" de cada dia que pode vir a ser o "até logo" de uma vida inteira. 

Amizades são beijos na testa que permanecem, nunca nos deixam de tocar. São eternos por serem tão frágeis. São frágeis por serem eternos. Eternos por serem demonstração do mais puro amor.