segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um beijo na testa

Aos sete anos perguntei para uma menina de arco rosa e voz delicada se queria ser minha amiga. Ela aceitou. Hoje não lembro mais seu nome. Isabel, Isabela. Eu não saberia dizer, mas lembro bem claramente de um dia em que a vi chegando na escola e de como fiquei feliz com isso. É uma lembrança doce, não muito clara, mas correta. Como um beijo na testa.

Eu não sei quem ela se tornou e eu provavelmente nunca mais a verei na vida (ou quem sabe já a revi e não lembro), mas aquele momento em que ela disse "sim" foi um dos melhores dos quais já pude usufruir. E amizades são assim, repletos de momentos incompletos por natureza e repletos de beijos na testa sincronizados com lágrimas de despedida. O "até logo" de cada dia que pode vir a ser o "até logo" de uma vida inteira. 

Amizades são beijos na testa que permanecem, nunca nos deixam de tocar. São eternos por serem tão frágeis. São frágeis por serem eternos. Eternos por serem demonstração do mais puro amor. 

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