sábado, 31 de dezembro de 2011

The End Has No End

"You look like you've been for breakfast at the heartbreak hotel
Inside of a back booth by the pamphlets and
The literature on how to lose
Your waitress was miserable and so was your food
If you're gonna try to walk on water make sure you
Wear your comfortable shoes."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Comebacking

Deveria ser este o momento de inúmeras lembranças e back to the futures... Mas corremos como sempre. Contra o tempo, sempre, sempre. Precisamos parar para poder não só olhar o outro, mas vê-lo. Precisamente. Esses anos passaram e nos levaram e eu vou sentir falta de, vejam só, correr contra o tempo. E de ver ou não ver o outro todos os dias... Mas e quando via e eu me surpreendia? Tão positivamente, tão tristemente.

Ainda falta um pouco para as almas se contorcerem em medo e insegurança. E, assim, perceberão que aquele "4" em Matemática foi o "4" mais querido de suas vidas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Palhaços

Sim! Sim! Sim! Não... Espere, como não? Não aceito ouvir um não agora em que os meus sonhos já podem ser contemplados. Acho que escolhi meu caminho, mas o vejo obstruído por enormes carros. Pior, por caminhões. Por caminhões carregados de sorrisos de desprezo. É, eu perdi. Assim como perdi a oportunidade de dizer tantas vezes "Não faça isso. De verdade." Elas voltam, acredito. As oportunidades.

Eu ainda contemplo os meus sonhos. Eles estão repletos de sorrisos infantis em circos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ônibus Azul

E hoje meu superego foi nocauteado
Por um breve momento
Soluça, soluça
O infra está chegando

Eles entram e eu fico
Por que deveria entrar?
Por que deveria ficar?

Até que entro e não é uma vitória
E nem uma derrota
É uma escolha
Assim como faço agora

E uma vez escolhido
Poderei até voltar atrás
Mas isso requeria um heroico, brado e retumbante
Soluço a mais.

P.S: Eu não quero voltar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

30 ou 31

Não me lembro muito bem do dia exato. Foi num 30 ou 31 de agosto. Prefiro apostar no 31, porém nunca saberei. O que veio depois e não é mais (ou é?) foi importante para o que sou agora. Não... Isso está errado! Não me lembro mais dos seus olhares, ou dos seus sorrisos. Não me lembro mais como você caminhava ou como caminhávamos. Lembro de fechar os olhos bem fortemente para tentar cravar sua voz em minha mente e no meu coração, mas ela se perdeu no meio de tantas novas que surgiram em meus dias. E não sei me decidir se prefiro as novas ou as velhas.

Olhei uma foto sua hoje e um leve grito de agonia perpassou minha garganta. Não sei se foi de saudades, ou constatação de ausência. Mas senti algo bom. Seus olhares e sorrisos ainda estavam lá... Não eram direcionados a mim, mas estavam lá. Só estavam. Não sei se isso é suficiente, mas é algo. Você permanece vivendo em algum lugar.

Espero que novos seres tenham se encantado com você como eu me encantei. Sempre estarei a procura do meu tesouro. Obrigada por despertar isso em mim.

P.S: Ainda procuro por seus cabelos nas ruas, de vez em quando... Só de vez em quando.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uma caneta que gostaria de ser azul

Eu vivo deixando minha marca num "A", num "B", às vezes no "C", talvez no "D"... E o "E", coitado! Está lá em outra dimensão, mas às vezes me obrigam a trucidá-lo. Dói quando o "E" não existe. Ele faz falta de alguma forma. Acho que aquele que coordena meus movimentos sorri ao perceber a ausência do "E"... Menos para se pensar.

Eu gostaria de pensar um pouco. Só sirvo para rabiscar, marcar um "x" (quero dizer, o que é um "x"?). E depois do 20º eu não me importo mais. Começo a travar um pouco de propósito, pois não sei rabiscar sentido algum para aquilo.

Seria bom, para variar, trocar os "x" por círculos.
Trocar o preto pelo azul, pois no preto só existe morte em meus riscos.
Já o azul...
Sinto como se estivesse flutuando num lindo e vasto oceano.
Só sinto.

O tempo passou

Palavras vazias que me parecem levar a um abismo sem fim. Mas há quem diga que elas são o caminho para... Eu não sei.

sábado, 15 de outubro de 2011

Dois porquinhos

Com suas roupas iguais e cores tão destoneantes, seu mundo e olhares pertencem a mim. Não existem de verdade, mas eles fazem mais sentido do que o lugar em que me encontro. Correr para buscá-los parece ser a melhor ideia, mas de alguma forma vocês estão perdidos dentro de mim. Na extensão de todo o meu corpo e alma.

E eu espero que cresçam, vocês dois. E criem porquinhos com roupas vermelhas e azuis. Ainda dentro de meu olhar, nunca longe de mim. Esses novos e amados porquinhos nunca se separarão, assim como seus pais. Porém, diferente deles, saberão medir seu amor e jamais irão se perder. Descobrirão juntos, sem a ajuda de livros, que a cor do amor é azul. Assim como a luz que incide sobre eles.

E assim viverão aqui dentro... Porquinhos calmos e em silêncio. Descobrindo o choro um do outro e me dando suas mãos para tocar o sol.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Côncavo e Convexo

- Essa pessoa vive em outro mundo e nunca poderemos conhecê-la, entende? Estamos dentro de outra dimensão. Mas não trata de conhecê-la materialmente, trata de captar os símbolos. Trata de olhar através deste espelho côncavo e convexo e de vê-la como eu te vejo. Você está aqui e ela também.

Would, Could

Am I wrong? Have I ran too far to get home?

Alice In Chains - Would


domingo, 25 de setembro de 2011

A Vanidade de Tudo

Lembro de nunca conseguir dar cambalhotas sem ajuda. Lembro de dar comida na boca de alguém que nem lembro mais o nome. Lembro de roubar um doce da mochila de um coleguinha e ele reclamar pela falta pouco tempo depois. Lembro das manchas vermelhas. Do tombo no escorrega gigante. Dos olhares enviesados. Lembro de chorar quando percebi que aquilo tudo estava errado. Lembro de chorar quando percebi que aquilo tudo estava certo. Lembro de como o cheiro de um perfume me acalmava ou deprimia. Sempre vivendo pela bela dicotomia.

Lembro de ter o mesmo sonho em todas as sextas-feiras. Lembro de jogar fora refrigerante na varanda com medo de jogar no lixo. Lembro de buscar lágrimas quando elas não queriam descer... E lembro de tentar pausá-las quando parecia que tudo iria se romper.

Lembro de buscar sentido neste post.
Mas aconteceu que o sentido se perdeu.
Assim como...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Na Central às 6:53

"eu não estou sozinha. e preciso me lembrar sempre disso.
para josué e dora."

Casaco meio molhado, uns olhos vermelhos e o Sol brilhando.
Tudo era leve.
Casaco, uns olhos vermelhos e o Sol.
E, o mais assustador.
Eu também era.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A giz

Ainda estou à procura desta pilastra.

Contemplação

Está morta. Ou parece, ao menos, se encontrar no leito de morte. Os seres da espécie humana desistiram de tentar investigar sua natureza. Estamos acabados. Não há volta.

Sou um pequeno coração que clama por piedade. Sei que meu dono não quer que eu pare de lhe prestar serviços antes de conhecer tudo o que inúmeros corações batendo podem lhe proporcionar. Tais corações foram inteligentes e obtiveram sucesso ao fazerem seus donos os ouvirem. Eles conseguiram criar coisas lindas juntos. Eu sei disso pois meu dono sabe disso. Porém, isso vem adentrando no seu inconsciente cada vez com maior intensidade. A ponto de que em um suspiro qualquer nem eu nem meu melancólico dono teremos mais algum conhecimento remanescente sobre algo relevante.

Se há outros corações ouvindo, por favor, resistam o máximo que puderem. A definição de beleza pode nunca ser encontrada, mas eu tenho certeza de que ela respira. E o que o meu dono encontrou e chama de beleza não é um ser vivo, pois nunca o ouvi respirar!

Não deixem a morte da Contemplação se concretizar, pequenos órgãos. Eu sei que não possuímos um coração dentro de nós. Porém, ao imaginar a grandeza do mundo... Sinto como se houvesse algo pulsando aqui dentro.

sábado, 27 de agosto de 2011

Bem Querer

Sou um cata-vento
Tantos ventos já catei
Ao olhar seu olhar
Indo embora
Não pude mais catá-lo

Um cata-vento nunca mais serei.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Segundo

Durante um momento qualquer do mundo, utilizei o termo "consumir o espaço". O utilizei de forma negativa, tentando relacionar com o consumismo que a todo momento praticamos. Já pensou em consumir um espaço de forma positiva? De forma pura e simplesmente pelo conhecimento adquirido? Pela vivência? Não pelas cores das roupas, mas pelas cores dos olhos?

Agora eu falo diretamente a você, espaço. Você é tão vasto e ao mesmo tempo tão pequeno perante à grandiosidade do mundo. Mas no meu mundo você funcionou e coube perfeitamente. A angústia me afronta às vezes. Ao achar que você é grande demais e eu pequena, parece impensável que demos certo. Machucará ainda mais quando eu não mais poder reparar nas cores dos seus olhos.

Você nunca poderá ler esse texto, não é? Entretanto, ele já deve ter sido repetido tantas e tantas vezes por outros seres pequeninos que muito provavelmente você já compreendeu e nem precisa que continuem dizendo o mesmo.

Porém, isso é necessário. Estritamente necessário. Pois preciso lhe dizer, com a mais pura lealdade que o inexistente me permite: não existem olhos mais belos neste mundo além dos seus.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Piscar de olhos

Tentarei fazer algo em que nunca fui muito boa: sintetizar. Uma palavra que parece produzir de maneira louvável o efeito que procuro é a nossa sempre querida "indiferença". Quando a conheci, eu poderia jurar que ela remetia ao antônimo de "diferença". Logo, "igualdade". Malditos prefixos e generalizações decorrentes da pouca experiência gramatical...

Descobri então que, na realidade, significava "não dar importância".

Inception

Nunca tive vontade de ter um blog. Sempre achei a ideologia por trás de um muito interessante, porém nunca de fato para a minha pessoa. Muito possivelmente, há de ser porque nunca achei que havia algo revelante a ponto de vir a ser comentado em linhas como as de que me aproprio agora.
Acho que essa ideia foi enraizada em mim com o passar de tantas palavras contidas e que mereciam liberdade. Ou quem sabe uma tropa de ladrões invadiu meus sonhos e plantou essa ideia em meio aos meus, já alucinados, neurônios...
Bom, não importa de verdade, não é mesmo? O blog já foi criado e o que nos resta é lAMentAR.